sexta-feira, 16 de julho de 2010

Não lambe não.

E ele que achava que já tinha visto, ouvido e experimentado de tudo, escutou:

- Posso lamber sua quelóide?
- O quê?
- Sua quelóide, essa cicatriz aqui.
- Não, claro que não!
- Ela não é sensível?
- Não, claro que não!
- Vai, deixa eu lamber, não vai doer nada em você e o pior que pode acontecer é eu me excitar.
- Cai fora!
- Mas...
- Cai fora! Sai daqui.

E ele pensou no valor sentimental que tinha aquela maldita cicatriz que o fazia lembrar da morte de seus filhos gêmeos, de sua amada esposa e de seu cachorro Totó.

Nenhum comentário: