Segurou a lâmina firme com a mão esquerda, apesar de não ser canhoto. E fincou com força na altura do cotovelo do braço oposto e levantou o corte até o punho fechado. O corte em diagonal bizarra fundo o suficiente para desarticular os tendões daquela mão. O braço ainda possuía a articulação, mas dor do mesmo não permitia que ele se erguesse ou que tivesse algum nervo alí que transmitisse algum impulso elétrico que não fosse dor, e mesmo se tivesse seria suprimido pelo código que só nosso cérebro interpreta e comanda e o mesmo cairia naquela caixa de lixo eletrônico no momento, para um dia quem sabe ser interpretado como espasmo.
Largou da mão esquerda a tal arma de corte e se perguntou por quê? porque fez aquilo. Viu seu remédio tarja preta em cima da mesa e percebeu então que o relógio estava parado. A pilha acabou, o relógio parou, ele se cortou, quase morreu, se arrependeu, pegou o telefone e ligou.
- Alô! tenho uma emergência.
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